segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
bolor n.3 : Pollyanna
O tema da terceira edição da revista bolor é o famoso best-seller de Eleanor H. Porter, publicado em 1913. É, ironicamente, uma designação e uma citação corrente entre os membros da corpo.
A publicação conta com uma série de trabalhos especialmente desenvolvidos para a revista. Tem tiragem de 300 exemplares, encartes, capa a partir de tecidos usados, com estampas florais e é vendida no valor de R$ 30,00.
Pollyanna: órfã de pai pastor. Igualmente órfã de mãe: Jennie. Grandes olhos azuis e abundantes sardas.
Exímia no jogo do contente.
O jogo do contente: - Papai me ensinou e é lindo – disse Pollyanna. – Nós o jogamos desde que eu era pequena. - Mas o que é? Eu não entendo muito de jogos. Pollyanna riu de novo, porém com um suspiro. Seu rosto parecia tristonho. - Começamos a jogá-lo quando recebemos umas muletas para criança. Uma senhora as enviou pensando que poderiam ser úteis a alguém. E foi assim que começamos. - Mas não estou vendo nenhum jogo nisso – declarou Nancy, quase irritada. - O jogo é exatamente encontrar, em tudo, alguma coisa para ficar contente, não importa o quê – respondeu Pollyanna com ar sério. – E começamos com as muletas. - Eu não vejo nada para ficar contente. Receber um par de muletas quando queria uma boneca! Pollyanna bateu palmas. - É isso – gritou ela – eu também não percebi o jogo e papai teve que me explicar. - Pois então explique – retorquiu Nancy, impaciente. - Pois o jogo consiste em ficar contente porque não precisamos delas!
O convite: Corpo Editorial convidou as ilustres gentes, para - nesta edição terceira da Revista Bolor, juntamente com Pollyanna Whittier - sentarem-se a mesa redonda do carteado e medirem-se no jogo do contente.
Too bad: As gentes têm o costume da trapaça.
As gentes: Adriana Barreto, Aline Dias, Ana Lucia Vilela, Augusto Benetti, Bil Lühmann, Claudia Zimmer, Diego Rayck, Fernando Weber, Flávia Memória, Tamara Willerding, Julia Amaral e Raquel Stolf.
A publicação conta com uma série de trabalhos especialmente desenvolvidos para a revista. Tem tiragem de 300 exemplares, encartes, capa a partir de tecidos usados, com estampas florais e é vendida no valor de R$ 30,00.
Pollyanna: órfã de pai pastor. Igualmente órfã de mãe: Jennie. Grandes olhos azuis e abundantes sardas.
Exímia no jogo do contente.
O jogo do contente: - Papai me ensinou e é lindo – disse Pollyanna. – Nós o jogamos desde que eu era pequena. - Mas o que é? Eu não entendo muito de jogos. Pollyanna riu de novo, porém com um suspiro. Seu rosto parecia tristonho. - Começamos a jogá-lo quando recebemos umas muletas para criança. Uma senhora as enviou pensando que poderiam ser úteis a alguém. E foi assim que começamos. - Mas não estou vendo nenhum jogo nisso – declarou Nancy, quase irritada. - O jogo é exatamente encontrar, em tudo, alguma coisa para ficar contente, não importa o quê – respondeu Pollyanna com ar sério. – E começamos com as muletas. - Eu não vejo nada para ficar contente. Receber um par de muletas quando queria uma boneca! Pollyanna bateu palmas. - É isso – gritou ela – eu também não percebi o jogo e papai teve que me explicar. - Pois então explique – retorquiu Nancy, impaciente. - Pois o jogo consiste em ficar contente porque não precisamos delas!
O convite: Corpo Editorial convidou as ilustres gentes, para - nesta edição terceira da Revista Bolor, juntamente com Pollyanna Whittier - sentarem-se a mesa redonda do carteado e medirem-se no jogo do contente.
Too bad: As gentes têm o costume da trapaça.
As gentes: Adriana Barreto, Aline Dias, Ana Lucia Vilela, Augusto Benetti, Bil Lühmann, Claudia Zimmer, Diego Rayck, Fernando Weber, Flávia Memória, Tamara Willerding, Julia Amaral e Raquel Stolf.
Manual de Medicina do Dr. Benetti
Manual de Medicina do Dr. Benetti, de Augusto Benetti, tem sua organização assinada por Aline e Diego, e constitui uma cuidadosa edição dos desenhos e textos do artista, somado a um projeto gráfico que revisita o imaginário dos manuais, livros enciclopédicos, e outras publicações antigas. Depois de estar presente nas exposições O desejo do verme (Memorial Meyer Filho e Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina) e Papel de desenho (circuito de itinerância SESC-SC), a publicação ganhou uma tiragem de 100 exemplares, encadernação capa-dura com tecido azul, feita artesanalmente, e está a venda, no valor de R$ 80,00.
Aqui desenho / sótão
Publicação de Diego Rayck, reunindo desenhos integrantes da mostra “sótão”, realizada pelo artista na Fundação Badesc em outubro de 2012. A publicação não é um catálogo da exposição, mas foi concebida como uma edição de artista, articulando o projeto gáfico com os desenhos.
Foram também desenvolvidos textos e imagens de pesquisadores convidados, como Carlos Asp, Flávio Gonçalves, José Antônio Lacerda, Raquel Stolf e dos próprios organizadores, Aline Dias e Diego Rayck. Estes depoimentos e reflexões privilegiam um modelo de discurso próprio das reflexões do artista em sua dimensão processual.
O livro foi financiado com recurso público oriundo do Edital de Apoio às Culturas 2012 - Fundo Municipal de Cultura de Florianópolis e é distribuido gratuitamente.
O trabalho com(o) fracasso / vocabulário
Aline desenvolveu o projeto de pesquisa O trabalho com(o) fracasso e apresenta o livro resultante desse processo, que constitui uma narrativa não apenas sobre experiências que ‘não deram certo’ na sua produção e/ou de outros artistas, mas explora a potência daquilo que ainda não foi, relatando coisas impossíveis, inacabadas, não feitas e que desestabilizam o que foi projetado ou excessivamente programado. Os relatos são acompanhados de um conjunto de desenhos, intitulado vocabulário.
O livro apresenta e condensa os conteúdos pesquisados, assumindo o desafio de construir um pensamento no formato-publicação, levando em consideração as especificidades e potenciais da publicação de artista, ou seja, o livro é, simultaneamente, o ‘produto’ de uma pesquisa e um trabalho artístico. O livro conta ainda com um texto de apresentação de Ana Lucia Vilela e um pósfacio de Raquel Stolf.
O trabalho, desenvolvido durante o segundo semestre deste ano, foi financiado com recurso público oriundo do Edital de Apoio às Culturas 2012 - Fundo Municipal de Cultura de Florianópolis e, por isso, tem distribuição gratuita.
domingo, 16 de setembro de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
terça-feira, 13 de março de 2012
o desejo do verme
A Corpo Editorial promove a exposição o desejo do verme no Memorial Meyer Filho, em Florianópolis, juntamente com o lançamento da segunda edição da revista Bolor de título homônimo no dia 21 de março, às 19h00.
Ambos, exposição e publicação, ganharam vida a partir da expressão “desejo do verme”, originalmente “desejo da larva” usada pelo psicanalista Lacan. Retirada do seu contexto, a expressão foi oferecida aos artistas como imagem verbal: desejo do verme, como fermento para fazer crescerem ideias, desejos, vontades, tendências vocações para uma só coisa: arte, que reunimos tanto na exposição quanto na publicação.
Participam tanto da publicação, quanto da exposição, os seguintes artistas: Aline Dias, Adolfo Emanuel, Adriana Barreto, Ana Lucia Vilela, Augusto Benetti, Bil Lühmann, Diego Rayck, Elke Coelho, Julia Amaral, Maíra Dietrich e Raquel Stolf.
Do pretensamente espúrio e baixo desejo do verme, foram várias as contribuições dos artistas para esta exposição que abriga vários gêneros de expressão artística, várias delas ainda sem classificação nos gêneros tradicionais (pintura desenho escultura gravura) ou contemporâneos (site specific, instalação, proposição, performance, etc).
Será auspicioso comparecer e divulgar!
Sobre a Corpo Editorial – curadora da exposição
A Corpo Editorial é muita coisa e não é nada. É um grupo de amigas e amigos que se juntam com a finalidade nobre de falar bobagens tendo como facilitadores bebidas e comidas e mais amigos e.... e..... É uma editora de catálogos de arte que não gostam de ser catálogos, tais como Notebook c. asp (2008) e Cadernos de Desenho (2011). É uma produtora/diretora de filme - por enquanto um único: ASP.DOC – cheia de desejos de outros (filmes). É editora da Revista Bolor que gosta de ser arte na forma de revista. É curadora de exposições, entre elas, Cadernos de Desenho e o desejo do verme. É mais e menos.
A corpo editorial gosta de labuta e gosta de festa. Gosta de arte. Tem como participantes constantes Aline Dias, Diego Rayck, Ana Lucia Vilela e Julia Amaral. Tem participantes outros, adorados, que vêm e vão. Não compartilham de todos os projetos mas nos fornecem constante e preciosa nutrição.
Sobre como a Corpo Editorial convidou os artistas
Simplesmente enviando-lhes um e-mail reproduzido, parcialmente, a seguir:
o desejo do verme
nossa proposta parte dessa imagem (o desejo do verme) para articular alguns conceitos que nos interessam e que nos parecem estar presentes na pesquisa de artistas com quem temos afinidades (artisticas e sobretudo afetivas).
comecamos com uma ideia da ana, a partir de lacan, e que ela (ironica e muito apropriadamente), não lembra em que texto está... a partir de umas tantas conversas, começamos a listar alguns aspectos dessa imagem:
o verme não tem esqueleto, nem uma estrutura óssea, nem membros. de uma designação imprecisa e em desuso da zoologia, o termo se refere a todos os animais alongados de corpo mole. o verme toca com todo o corpo a superficie por onde se desloca. ele se move assim, por contato e fricção. alguns nao possuem movimentos proprios. o verme não fica de pé. está proximo as coisas do chão. ao que é baixo, insignificante, abjeto, desprezível. ou imerso em um outro organismo, como um parasita. ou ocupado na tarefa de decomposição de outros organismos. o verme não tem cérebro. o cérebro todo é a pele. uma epiderme debilmente pensante. o verme também não costuma ter olhos. cego e acéfalo, ele rasteja. é normalmente pequeno, quase invisível. e, o mais importante, diferente de uma larva, a condição de verme não é temporária. não é um estagio ou fase. o verme não vai se transformar em uma borboleta. ele vai ser sempre verme. e o verme deseja. e o desejo do verme, como qualquer desejo (ou talvez mais do que qualquer um), é instável. é perecível, poroso. se transforma.
(...)
Não estamos pensando em trabalhos que pensem o verme literalmente, mas que partam de alguns desses aspectos para formular um (ou vários) desejos do verme.
por isso, convidamos vcs a pensar numa proposta de trabalho (ou melhor, duas, uma para o formato exposição e outra para a publicação (uma mini-bolor hecha a mano)
(...)
era isso
PS: Os artistas aceitaram.
Sobre a Segunda Edição da Revista Bolor
Que o verme, este ser ao mesmo tempo repugnante, geralmente diminuto, e acéfalo possua desejos esta é nossa questão, nosso desejo. E tão diminuto e mesquinho talvez nos pareceu ser este desejo que o formato da revista deveria lhe corresponder em miudeza. Sendo 10cm x 7cm suas dimensões, os desejos do verme, fizeram-se aí caber.
Sobre o dinheiro – ou dos hábitos dos artistas
Parece que não é de conhecimento de todos os seres humanos que os artistas comem (por conseguinte, cagam, logo exigindo um sistema de esgoto apropriado), têm o hábito de morar em casas ou apartamentos, tomam, em sua maioria, banhos diários, por vezes reproduzem, etc. Sendo assim, precisam, como todos os humanos neste planeta e neste sistema de organização social, trabalhar (exceto os que nasceram ricos, que são escassos) e, pasmem!, serem remunerados por seus trabalhos a fim de manter tais hábitos primitivos (ainda não desenvolvemos a capacidade, assim como o resto da humanidade, de viver da luz solar).
Os artistas (assim como as participantes da Corpo Editorial) não receberam nenhuma remuneração e, por esta capacidade de doação ao público e à arte, os agradecemos muitíssimo. Que esta doação como tal seja vista, e não como uma obrigação inerente à profissão do artista.
Ambos, exposição e publicação, ganharam vida a partir da expressão “desejo do verme”, originalmente “desejo da larva” usada pelo psicanalista Lacan. Retirada do seu contexto, a expressão foi oferecida aos artistas como imagem verbal: desejo do verme, como fermento para fazer crescerem ideias, desejos, vontades, tendências vocações para uma só coisa: arte, que reunimos tanto na exposição quanto na publicação.
Participam tanto da publicação, quanto da exposição, os seguintes artistas: Aline Dias, Adolfo Emanuel, Adriana Barreto, Ana Lucia Vilela, Augusto Benetti, Bil Lühmann, Diego Rayck, Elke Coelho, Julia Amaral, Maíra Dietrich e Raquel Stolf.
Do pretensamente espúrio e baixo desejo do verme, foram várias as contribuições dos artistas para esta exposição que abriga vários gêneros de expressão artística, várias delas ainda sem classificação nos gêneros tradicionais (pintura desenho escultura gravura) ou contemporâneos (site specific, instalação, proposição, performance, etc).
Será auspicioso comparecer e divulgar!
Sobre a Corpo Editorial – curadora da exposição
A Corpo Editorial é muita coisa e não é nada. É um grupo de amigas e amigos que se juntam com a finalidade nobre de falar bobagens tendo como facilitadores bebidas e comidas e mais amigos e.... e..... É uma editora de catálogos de arte que não gostam de ser catálogos, tais como Notebook c. asp (2008) e Cadernos de Desenho (2011). É uma produtora/diretora de filme - por enquanto um único: ASP.DOC – cheia de desejos de outros (filmes). É editora da Revista Bolor que gosta de ser arte na forma de revista. É curadora de exposições, entre elas, Cadernos de Desenho e o desejo do verme. É mais e menos.
A corpo editorial gosta de labuta e gosta de festa. Gosta de arte. Tem como participantes constantes Aline Dias, Diego Rayck, Ana Lucia Vilela e Julia Amaral. Tem participantes outros, adorados, que vêm e vão. Não compartilham de todos os projetos mas nos fornecem constante e preciosa nutrição.
Sobre como a Corpo Editorial convidou os artistas
Simplesmente enviando-lhes um e-mail reproduzido, parcialmente, a seguir:
o desejo do verme
nossa proposta parte dessa imagem (o desejo do verme) para articular alguns conceitos que nos interessam e que nos parecem estar presentes na pesquisa de artistas com quem temos afinidades (artisticas e sobretudo afetivas).
comecamos com uma ideia da ana, a partir de lacan, e que ela (ironica e muito apropriadamente), não lembra em que texto está... a partir de umas tantas conversas, começamos a listar alguns aspectos dessa imagem:
o verme não tem esqueleto, nem uma estrutura óssea, nem membros. de uma designação imprecisa e em desuso da zoologia, o termo se refere a todos os animais alongados de corpo mole. o verme toca com todo o corpo a superficie por onde se desloca. ele se move assim, por contato e fricção. alguns nao possuem movimentos proprios. o verme não fica de pé. está proximo as coisas do chão. ao que é baixo, insignificante, abjeto, desprezível. ou imerso em um outro organismo, como um parasita. ou ocupado na tarefa de decomposição de outros organismos. o verme não tem cérebro. o cérebro todo é a pele. uma epiderme debilmente pensante. o verme também não costuma ter olhos. cego e acéfalo, ele rasteja. é normalmente pequeno, quase invisível. e, o mais importante, diferente de uma larva, a condição de verme não é temporária. não é um estagio ou fase. o verme não vai se transformar em uma borboleta. ele vai ser sempre verme. e o verme deseja. e o desejo do verme, como qualquer desejo (ou talvez mais do que qualquer um), é instável. é perecível, poroso. se transforma.
(...)
Não estamos pensando em trabalhos que pensem o verme literalmente, mas que partam de alguns desses aspectos para formular um (ou vários) desejos do verme.
por isso, convidamos vcs a pensar numa proposta de trabalho (ou melhor, duas, uma para o formato exposição e outra para a publicação (uma mini-bolor hecha a mano)
(...)
era isso
PS: Os artistas aceitaram.
Sobre a Segunda Edição da Revista Bolor
Que o verme, este ser ao mesmo tempo repugnante, geralmente diminuto, e acéfalo possua desejos esta é nossa questão, nosso desejo. E tão diminuto e mesquinho talvez nos pareceu ser este desejo que o formato da revista deveria lhe corresponder em miudeza. Sendo 10cm x 7cm suas dimensões, os desejos do verme, fizeram-se aí caber.
Sobre o dinheiro – ou dos hábitos dos artistas
Parece que não é de conhecimento de todos os seres humanos que os artistas comem (por conseguinte, cagam, logo exigindo um sistema de esgoto apropriado), têm o hábito de morar em casas ou apartamentos, tomam, em sua maioria, banhos diários, por vezes reproduzem, etc. Sendo assim, precisam, como todos os humanos neste planeta e neste sistema de organização social, trabalhar (exceto os que nasceram ricos, que são escassos) e, pasmem!, serem remunerados por seus trabalhos a fim de manter tais hábitos primitivos (ainda não desenvolvemos a capacidade, assim como o resto da humanidade, de viver da luz solar).
Os artistas (assim como as participantes da Corpo Editorial) não receberam nenhuma remuneração e, por esta capacidade de doação ao público e à arte, os agradecemos muitíssimo. Que esta doação como tal seja vista, e não como uma obrigação inerente à profissão do artista.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
ASP.DOC
Na sexta-feira, dia 9 de dezembro às 19h, acontece a estréia do filme "ASP.DOC", documentário sobre o artista Carlos Asp. O filme será exibido na Fundação Cultural Badesc, antecedido por um bate-papo com as realizadoras, Ana Lucia Vilela, Aline Dias e Julia Amaral.
Contemplado pelo V Prêmio Funcine de Produção Audiovisual “Armando Carreirão”, o documentário é a primeira realização audio-visual da Corpo Editorial e contou com a colaboração de Diego Rayck e Diego Canarin, edição de Rodrigo Amboni e edição de som de Rodrigo Poeta.
O filme foi produzido em Florianópolis entre 2010 e 2011 e incluiu também imagens captadas em 2004, por ocasião da mostra Carlos Asp, no Museu Victor Meirelles.
O fio condutor do documentário é a fala do próprio artista que, numa narrativa fluida e envolvente, relata sua trajetória, seu processo de trabalho, suas reflexões sobre desenho, paisagem e experiências de vida. Esta narrativa verbal é entrelaçada a uma narrativa imagética composta por tomadas de lugares, objetos e obras significativos para Asp, incluindo imagens captadas pelo próprio artista em super 8 na Praia do Matadeiro.
Trata-se de uma via poética e afetuosa de aproximação ao universo do artista, cujo trabalho está indissociavelmente imbricado em seu cotidiano.
As realizadoras possuem formação na área de artes visuais e optaram por assumir sua relação de amizade e afeto com o artista, explorando a proximidade e cumplicidade com o artista como argumento e pretexto da construção do filme. Foi uma opção para reconhecer e compartilhar a complexidade e riqueza de uma prática artística tão singular e também uma tentativa de burlar o formato demasiadamente formal que poderia ter o filme, além de problematizar a suposta ‘imparcialidade’ de um documentário, explorando o modo como a especificidade da relação entre sujeito e objeto atua na construção da narrativa cinematográfica.
sobre o artista:
Carlos Asp, nascido em Porto Alegre, em 1949, vive e trabalha em Florianópolis, desde a década de 70. Sua longa e densa trajetória no campo das artes visuais iniciou-se na década de 60/70, com participação no Jovem Arte Contemporânea, projeto pioneiro com ênfase na arte conceitual realizado pelo MAC-USP no período. Também atuou como professor no Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEART-UDESC) e na Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
Com um percurso assinalado por escolhas muito particulares, Asp vem expondo seu trabalho em exposições marcantes na história recente da arte brasileira, como o Salão Nacional de Artes Plásticas promovido pela Funarte nos anos 80, Grupo Nervo Óptico, na década de 70, em Porto Alegre, e na última década realizou mostra individual no Museu Victor Meirelles, Fundação Cultural Badesc, SESC-SC e Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo, entre outros.
A pesquisa artística de Carlos Asp se desenvolve de forma peculiar a partir do desenho, explorando campos de cor, planos, recortes e suportes variados. O artista também trabalha com a relação entre desenho e palavra. Seu vocabulário atual inclui suportes apropriados do uso cotidiano: bulas, caixas e embalagens de papelão desdobradas, planificadas e desenhadas pelo avesso. Do desenho industrial desdobrado que constituía o volume vazio das caixas, Asp aceita e absorve o desenho do suporte e sobre e a partir dele cria campos de cor, densos traçados e preenchimentos.
Pesquisar o trabalho deste artista implica necessariamente uma reflexão sobre o seu processo de criação, que se desdobra em instalações, trajetos cotidianos, observações do mundo e infinitas anotações em seus desenhos do sem fim, para citar o titulo de uma de suas exposições.
Contemplado pelo V Prêmio Funcine de Produção Audiovisual “Armando Carreirão”, o documentário é a primeira realização audio-visual da Corpo Editorial e contou com a colaboração de Diego Rayck e Diego Canarin, edição de Rodrigo Amboni e edição de som de Rodrigo Poeta.
O filme foi produzido em Florianópolis entre 2010 e 2011 e incluiu também imagens captadas em 2004, por ocasião da mostra Carlos Asp, no Museu Victor Meirelles.
O fio condutor do documentário é a fala do próprio artista que, numa narrativa fluida e envolvente, relata sua trajetória, seu processo de trabalho, suas reflexões sobre desenho, paisagem e experiências de vida. Esta narrativa verbal é entrelaçada a uma narrativa imagética composta por tomadas de lugares, objetos e obras significativos para Asp, incluindo imagens captadas pelo próprio artista em super 8 na Praia do Matadeiro.
Trata-se de uma via poética e afetuosa de aproximação ao universo do artista, cujo trabalho está indissociavelmente imbricado em seu cotidiano.
As realizadoras possuem formação na área de artes visuais e optaram por assumir sua relação de amizade e afeto com o artista, explorando a proximidade e cumplicidade com o artista como argumento e pretexto da construção do filme. Foi uma opção para reconhecer e compartilhar a complexidade e riqueza de uma prática artística tão singular e também uma tentativa de burlar o formato demasiadamente formal que poderia ter o filme, além de problematizar a suposta ‘imparcialidade’ de um documentário, explorando o modo como a especificidade da relação entre sujeito e objeto atua na construção da narrativa cinematográfica.
sobre o artista:
Carlos Asp, nascido em Porto Alegre, em 1949, vive e trabalha em Florianópolis, desde a década de 70. Sua longa e densa trajetória no campo das artes visuais iniciou-se na década de 60/70, com participação no Jovem Arte Contemporânea, projeto pioneiro com ênfase na arte conceitual realizado pelo MAC-USP no período. Também atuou como professor no Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEART-UDESC) e na Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
Com um percurso assinalado por escolhas muito particulares, Asp vem expondo seu trabalho em exposições marcantes na história recente da arte brasileira, como o Salão Nacional de Artes Plásticas promovido pela Funarte nos anos 80, Grupo Nervo Óptico, na década de 70, em Porto Alegre, e na última década realizou mostra individual no Museu Victor Meirelles, Fundação Cultural Badesc, SESC-SC e Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo, entre outros.
A pesquisa artística de Carlos Asp se desenvolve de forma peculiar a partir do desenho, explorando campos de cor, planos, recortes e suportes variados. O artista também trabalha com a relação entre desenho e palavra. Seu vocabulário atual inclui suportes apropriados do uso cotidiano: bulas, caixas e embalagens de papelão desdobradas, planificadas e desenhadas pelo avesso. Do desenho industrial desdobrado que constituía o volume vazio das caixas, Asp aceita e absorve o desenho do suporte e sobre e a partir dele cria campos de cor, densos traçados e preenchimentos.
Pesquisar o trabalho deste artista implica necessariamente uma reflexão sobre o seu processo de criação, que se desdobra em instalações, trajetos cotidianos, observações do mundo e infinitas anotações em seus desenhos do sem fim, para citar o titulo de uma de suas exposições.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
lançamento do livro cadernos de desenho CCSP
O livro cadernos de desenho vai ser lançado no :Encontro impresso (espaço 4):
promovido pelo Centro Cultural São Paulo (setor de artes visuais) & Traplev Orçamentos
O evento acontece no dia 11 de junho as, 16h na sala de debates do Piso Caio Graco o projeto Encontros Impressos (espaço), com a participação das criticas Lisette Lagnado, Ana Luisa Lima e do artista Roberto Traplev.
terça-feira, 24 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
sobre o livro cadernos de desenho
o projeto partiu do desejo de investigar os desenhos que os artistas normalmente não costumam mostrar, desenhos de rascunho, projeto ou de anotação. o livro foi desenvolvido a partir da pesquisa com os cadernos de desenho de nove diferentes artistas e concebido como uma edição de fragmentos desses cadernos. foi com o fascínio pela multiplicidade de temas/notas/desenhos e outras coisas encontradas nos cadernos de desenho que o livro foi editado. os desenhos e anotações foram misturados, confundindo os cadernos e os donos dos cadernos. ao aproximar os cadernos de artistas diferentes, foram criadas novas relações e narrativas, obliterando as autorias. e foi também procurando rejeitar um pouco da formatação mais convencional de um catálogo de arte que, no processo de edição, foram adotadas algumas estratégias, como: não separar projetos e obras das anotações mais banais do cotidiano, não identificar claramente o autor de cada desenho, evitar divisões temáticas e enfrentar o deslocamento dos desenhos dos cadernos para o livro, assumindo outras escalas e contextos.
a medida em que a pesquisa foi se desenrolando, os cadernos começaram a ser entendidos como um lugar (e não um objeto ou um simples suporte), onde cada artista estabelece uma série de experiências, idéias e práticas, tanto pessoais como artísticas, como uma noção expandida de ateliê, que escapa, burla e confunde os modelos mais comuns de escrever, desenhar, mostrar e guardar.
como os cadernos não cabem nos modelos mais correntes de exibição e circulação, a edição deste livro foi uma forma de mostrar um pouco desse lugar, situado na borda do trabalho e da experiência diária, espécie de exercício individual e silencioso de construção de uma outra prática (que não é exclusivamente a do livro, projeto, diário, nem exposição).
além dos desenhos, o livro traz textos de aline dias, organizadora, ana lucia vilela e diego rayck e fotos do processo de pesquisa e da exposição realizada em 2010 nos estados de santa catarina e paraná. também aparecem trabalhos que foram referências para a pesquisa, espécies de propulsores do projeto ou que foram desenvolvidos durante o processo de edição do livro.
o projeto cadernos de desenho foi realizado entre 2009-2011, pela corpo editorial, através do edital elisabete anderle de estímulo à cultura promovido pela fundação catarinense de cultura.
ficha:
fragmentos dos cadernos de desenho de: raquel stolf, diego rayck, bil lühmann, josé antonio lacerda, maíra dietrich, aline dias, augusto benetti, carlos asp, julia amaral
textos: cadernos de desenho, de aline dias; desenho como bruxaria, de diego rayck; crítica de arte como falsidade ideológica, de ana lucia vilela
exposições, trabalhos, conversas e o espaço de trabalho: raquel stolf, yiftah peled, fernando lindote, josé antonio lacerda, carlos asp e julia amaral
org: aline dias
florianopolis: corpo editorial, 2010
a medida em que a pesquisa foi se desenrolando, os cadernos começaram a ser entendidos como um lugar (e não um objeto ou um simples suporte), onde cada artista estabelece uma série de experiências, idéias e práticas, tanto pessoais como artísticas, como uma noção expandida de ateliê, que escapa, burla e confunde os modelos mais comuns de escrever, desenhar, mostrar e guardar.
como os cadernos não cabem nos modelos mais correntes de exibição e circulação, a edição deste livro foi uma forma de mostrar um pouco desse lugar, situado na borda do trabalho e da experiência diária, espécie de exercício individual e silencioso de construção de uma outra prática (que não é exclusivamente a do livro, projeto, diário, nem exposição).
além dos desenhos, o livro traz textos de aline dias, organizadora, ana lucia vilela e diego rayck e fotos do processo de pesquisa e da exposição realizada em 2010 nos estados de santa catarina e paraná. também aparecem trabalhos que foram referências para a pesquisa, espécies de propulsores do projeto ou que foram desenvolvidos durante o processo de edição do livro.
o projeto cadernos de desenho foi realizado entre 2009-2011, pela corpo editorial, através do edital elisabete anderle de estímulo à cultura promovido pela fundação catarinense de cultura.
ficha:
fragmentos dos cadernos de desenho de: raquel stolf, diego rayck, bil lühmann, josé antonio lacerda, maíra dietrich, aline dias, augusto benetti, carlos asp, julia amaral
textos: cadernos de desenho, de aline dias; desenho como bruxaria, de diego rayck; crítica de arte como falsidade ideológica, de ana lucia vilela
exposições, trabalhos, conversas e o espaço de trabalho: raquel stolf, yiftah peled, fernando lindote, josé antonio lacerda, carlos asp e julia amaral
org: aline dias
florianopolis: corpo editorial, 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
ficha técnica
textos, trabalhos, imagens, colaborações:
aline dias, ana lucia vilela, augusto benetti, caetano gotardo, diego rayck, evandro carlos jardim, fernando boppré, guy amado, josé antonio lacerda, julia amaral, leila danziger, letícia bauer, raquel stolf, victor da rosa
corpo editorial:
aline dias, ana lucia vilela, diego rayck, julia amaral
projeto gráfico: aline dias
produção: julia amaral
revisão: ana lucia vilela
bolor, primeira edição, 2a imagem
15x21cm, impressão tons de cinza, 80 páginas
tiragem de 50 exemplares
contato: corpoeditorial@gmail.com
florianópolis, 2009-2010
aline dias, ana lucia vilela, augusto benetti, caetano gotardo, diego rayck, evandro carlos jardim, fernando boppré, guy amado, josé antonio lacerda, julia amaral, leila danziger, letícia bauer, raquel stolf, victor da rosa
corpo editorial:
aline dias, ana lucia vilela, diego rayck, julia amaral
projeto gráfico: aline dias
produção: julia amaral
revisão: ana lucia vilela
bolor, primeira edição, 2a imagem
15x21cm, impressão tons de cinza, 80 páginas
tiragem de 50 exemplares
contato: corpoeditorial@gmail.com
florianópolis, 2009-2010
quinta-feira, 5 de março de 2009
ficha técnica
Este catálogo foi concebido como um notebook, que acompanhou o artista durante o período da mostra “Asp sem verniz”, reunindo anotações e desenhos.
A exposição foi realizada no período de 27 de agosto a 28 de setembro de 2008, na Fundação Cultural BADESC e o catálogo foi impresso entre fevereiro e março de 2009 pela Fundação Cultural BADESC, Exato Segundo Produções Artísticas e hecho a mano por el corpo editorial: Aline Dias, Ana Lúcia Vilela, Augusto Benetti, Carlos Asp, Diego Rayck, Fernando C. Boppré e Julia Amaral.
Organização: Fernando C. Boppré
Concepção e projeto gráfico do notebook: Aline Dias
Desenhos: Carlos Asp
Fotografia: Giba Duarte
Agradecimentos: Christiane Ramirez, Dalmiro Livramento, Helton Matias, Fabíola Búrigo, Fabíola Scaranto, Lena Peixer, Matias M. Asp, Maurício Muniz, Sandra Checluski, Susana Cardoso, Rafael Vogt Maia Rosa, Victor da Rosa.
A exposição foi realizada no período de 27 de agosto a 28 de setembro de 2008, na Fundação Cultural BADESC e o catálogo foi impresso entre fevereiro e março de 2009 pela Fundação Cultural BADESC, Exato Segundo Produções Artísticas e hecho a mano por el corpo editorial: Aline Dias, Ana Lúcia Vilela, Augusto Benetti, Carlos Asp, Diego Rayck, Fernando C. Boppré e Julia Amaral.
Organização: Fernando C. Boppré
Concepção e projeto gráfico do notebook: Aline Dias
Desenhos: Carlos Asp
Fotografia: Giba Duarte
Agradecimentos: Christiane Ramirez, Dalmiro Livramento, Helton Matias, Fabíola Búrigo, Fabíola Scaranto, Lena Peixer, Matias M. Asp, Maurício Muniz, Sandra Checluski, Susana Cardoso, Rafael Vogt Maia Rosa, Victor da Rosa.
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